Graças à internet, temos ao nosso dispor um manancial quase infinito de informação - disponível e acessível - a partir de um dispositivo com ligação à rede. A dimensão e a quantidade de dados ao nosso alcance exigem uma estratégia eficaz e um conjunto de procedimentos que evitem uma navegação à deriva e uma submersão completa no oceano quase infinito de dados.

Para facilitar a consulta das páginas pesquisadas noutras línguas, é aconselhável instalar extensões que permitam a tradução quase instantânea em navegadores como o Chrome, o Firefox ou Microsoft Edge, ou tradutores online como o  DeepL  ou o Reverso.  No caso do Android e do iOS existe a aplicação Linguee, entre outras.

Navegar exige um sistema de orientação que permita que alcancemos o nosso destino. Aqui, a viagem rumo ao conhecimento implica dominar uma metodologia eficaz na procura da informação, na interpretação e no tratamento dos dados que necessitamos para responder às questões que desencadearam o processo.

Segue-se um conjunto de orientações cuja finalidade é ajudar na construção de uma estratégia pessoal de pesquisa e tratamento da informação.

Uma das formas de guardar e organizar as fontes consultadas na internet (sites e páginas) é usar o Pocket ou o Symbaloo.

Iniciar uma pesquisa

Iniciar uma pesquisa, normalmente no Google, e conseguir obter os resultados desejados, implica uma estratégia adequada que permita encontrar as respostas pretendidas evitando o ruído de uma enxurrada de informação.

Escrever o nome de um tema demasiado genérico como por exemplo "alterações climáticas" dá cerca de 1 850 000 resultados. Por sua vez, "alterações climáticas em Portugal" dá 18 700 resultados. Se colocarmos um tema mais específico, "consequências das alterações climáticas", obteremos 22 100 resultados e se for "consequências das alterações climáticas em Portugal" ficaremos com 2 070 resultados.

A principal diferença está na forma como se escolhem os termos a usar na pesquisa. Cuidados a ter:

1. Se os termos (palavras) usados na pesquisa forem demasiado gerais e abrangentes, os resultados obtidos vão ser em número excessivo e não se conseguirá decidir com rigor nem escolher a informação específica mais adequada.

2. Deve-se escrever de forma bem delimitada e rigorosa os termos da pesquisa, centrando-se:

a) num só assunto;

b) num grupo particular;

c) num período de tempo;

d) numa perspetiva ou numa causa.

A definição de um tema de trabalho/investigação também implica a escolha de palavras-chave, por vezes, sendo, por vezes, a parte mais difícil do processo de pesquisa.

Definir a palavra-chave

As ideias são expressas através de diferentes palavras. Estas  devem ser escolhidas com cuidado, pois terão consequências nos resultados da pesquisa. 

Cuidados a ter:

1. Definir rigorosamente o tema da sua pesquisa;
2. Fazer uma lista das expressões mais importantes;
3. Selecionar as palavras-chave que vão ser usadas na pesquisa. 
   

Para definir uma boa palavra-chave:

• escolher cuidadosamente entre os conceitos essenciais relacionados com o tema do trabalho;
• testar frases ou sinónimos relacionados com esses conceitos;
• anotar as palavras-chave e descritores atribuídos aos resultados apresentados nas pesquisas já efetuadas;
  
• para melhorar os resultados, procurar sinónimos das palavras na língua do motor de busca (normalmente em inglês);
• quanto maior for o número de palavras, mais se limita a busca  (não incluir numa pesquisa inicial mais do que três palavras);
• pesquisar frases ou expressões colocando-as entre aspas.

Exemplificando: Como é que o confinamento afeta o desempenho dos alunos do ensino básico?

Para cada palavra-chave,  procurar alternativas, sinónimos.

Exemplo:

Alunos do ensino básico;

Alargado: alunos/student;

Restrito: alunos do ensino básico / elementary school students;

Relacionado: alunos do ensino secundário / secondary school students;